terça-feira, 11 de maio de 2010

VITELA, CANTIGAS E FOLCLORE EM ALBERGARIA -A - VELHA

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VITELA, CANTIGAS E FOLCLORE

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EM ALBERGARIA -A - VELHA

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Mal vai “a Gente” se vai seguir á risca as orientações dos médicos, que, ás vezes não sei se nos querem bem, ou assim tão bem, ou se nos dão assim umas dietas daquelas que nos põem de tal maneira desejosos, que, morremos com a língua de fora por uma iguaria e, com a água na boca.
Fui este domingo, que, de quando em vez lá me lembro, a Albergaria-a-Velha, àquela saborosíssima vitela assada no forno com batatinha miudinha, à moda de Lafões, que, em nenhum outro sítio sabe tão bem como naquelas terras do Vouga, do Vale do Vouga, de Lafões. E, aqui poderia citar uma ou duas dúzias de vilas e aldeias, onde existem restaurantes que a sabem preparar tão bem e, também me deliciariam tal, que, poderia a seguir, morrer, … por mais... e, o resto são cantigas, (não do folclore, ainda).
Encontramos esta deliciosa confecção de Vitela à Lafões, desde Albergaria - a - Velha, onde vou sempre á casa Alameda, até Sever do Vouga, indo pela marginal do rio Vouga onde existem mais algumas casas, ou depois continuando por Oliveira de Frades, Vouzela, S. Pedro do Sul, até Viseu. Também, indo pela estrada de Vale de Cambra e de Arouca ou de Chão –d´ Ave, até á Serra da Freita, - no Mira Freita - e, daí para Serra de S. Macário - ao Salva Almas, (que nome tão sugestivo para quem atravessa aquela íngreme serra agreste e deserta de gentes, em dias de verão, cheio de sede e fome e, encontra ali aquela casa, mesmo para nos salvar… a alma,... com um valente copo… de Águas das Pedras). Em todo o percurso da antiga estrada para Viseu, pelo alto da serra, por S. João da Trapa, ou por Manhouce, - a aldeia mais típica de Portugal, de onde saiu a famosa cantora, senhora muito respeitável, que, deu voz a “Pronúncia do Norte”, também com a voz de Rui Reininho, do conceituado grupo musical GNR. Em todas aquelas terras da grande Região de Lafões, é conceituada a sua vitela, cozinhada com bezerros que têm que, obrigatoriamente, ser o mais jovem possível. E deixemos para lá aquelas cantigas, não do folclore mas de médico, para se não comerem carnes jovens, só velhas. A jovem de Lafões é que é boa, nem precisa de faca para cortar, nem dentes, nem prótese para mastigar; é tenríssima.
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Aquele belíssimo almoço foi servido em púcaras de barro bem quente, tanto a vitela acompanhada com a miudinha batatinha como o arroz de forno, este, com uma crusta por cima, de bem esquentado naquele forno de fogão de ferro, a lenha, regado com um tinto da região, (só meio copo, ou menos, porque o balão, a seguir, acusa e, porque não gosto de ficar indisposto e sim sempre lúcido). Em ambiente regional, de um antigo armazém de vinhos com entrada por uma adega, ela também regional, onde antigamente funcionava, simultaneamente, uma casa de artigos de caça e pesca e ferramentas para a lavoura e outras. A sala fica bem no interior, com dezenas de pipas perfiladas e montadas nos seus cavaletes. Tem pesadas mesas corridas, em madeira de grossas árvores que, grossíssimas são as tábuas, para oito lugares cada. Os candeiros de tecto são bem sugestivos. O chão é todo em conceituada pedra branca Portuguesa, desde a entrada por toda a extensão.
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Hó… minha Albergaria-a-Velh´Amiga,
ao teu pasto verdejante,
iria buscar em um instante,
uma vitela inteirinha.
Alimentada a erva aromática,
é tão doce, tão boa, tão tenra,
para comer bem assada,
nem precisa ser condimentada.
Há… minha Albergaria-a-Velh´Amiga.


(majosilveiro)

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Para a digestão fui dar uma passeata e fazer fotos, (ou antes, pretendia fazer) para o Panoramio e os meus blogues, claro.
Nem de propósito, naquela altura desfilavam pelo centro da Vila, na Praça Velha que está nova e linda, - onde existe um belo fontenário luminoso com esguichos, um bonito coreto e um bem arranjado jardim com árvores bem tratadas, - três Ranchos Folclóricos que se iriam exibir no antigo Cine Teatro, que está desactivado o seu cinema, mas, que é usado para várias actividades culturais, hoje, no âmbito das comemorações do XXV aniversário do Rancho local – Grupo Folclórico e Etnográfico de Albergaria – A – Velha. Além deste, eram os outros; a Associação Desportiva e Cultural Danças e Cantares de Carragoso, Beira Alta, Viseu e, o Rancho Folclórico da Lixa, Douro, como convidados. Como a entrada era franca, aqui sim, fui ouvir as cantigas, que, não eram de médico nem de dietas e, fui ver o folclore em si; os trajes, em combinação com os cantares e as danças, do mais puro e genuíno das regiões que cada grupo representa e que maravilhosamente bem reprenta. Foram as chulas, os viras, as modinhas, estas, com mais de umas centenas de anos, mas, são sempre as modinhas, que, me deixaram deliciado, a mim e à minha companheira inseparável; dos passeios, da vitela, do branco do tinto e da gasosa; – a minha digníssima.
Fiz uma explanação desta região de Lafões e dos seus costumes, assim como desta maravilhosa Vila de Albergaria – A – Velha, em consideração e homenagem àqueles que no estrangeiro se batem por engrandecer Portugal; alguns, nossos amigos do Panoramio, como o senhor Raul, que é desta terra gloriosa e, a quem felicito e desejo as melhores bem-aventuranças.

majosilveiro

Albergaria - a -velha; monumento ao benemérito da vila
Napoleão Luiz Ferreira Leão

Jardim defronte da Camara Municipal

Camara Municipal de Albergaria-A-Velha

antigo Cine - Teatro


Estação de Caminho de Ferro - fachada principal


Linha; Espinho - Cernache do vouga


locomotiva e vagões de mercadorias e obras

Fontenário no centro da antiga estrada nacional no centro da vila


Quinta agrária


Igreja Matriz


antiga cadeia

Junta de Freguesia


Praça Velha - centro da vila
casa Alameda; adega, restaurante - antiga pensão

desenho a lápis da casa Alameda

sala de refeições (antigo armazém / adega)


o maior apreciador de vitela assada à Lafões

RANCHO FOLCLÓRICO E ETNOGRÁFICO DE ALBERGARIA-A-VELHA










ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA E CULTURAL DANÇAS E CANTARES DE CARRAGOSO











RANCHO FOLCÓRICO DA LIXA - DOURO






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E, agora, seguem-se mesmo as cantigas, as danças; O FOLCLORE
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Mas, antes, ponho à vista o comentário do senhor José


jose disse...
Pela descrição,vejo que foi um dia em CHEIO!!!pudera,por essas bandas só podia ser.Rotas fantásticas que recomendo vivamente.Conheço os trajectos sugeridos e ...o ALAMEDA ...e todos os outros citados e, alguns não citados e que não ficam nada atrás!!!a rota que mais gosto é o da Serra da Freita por Manhouce, estive em casa da Isabel Silvestre...meu deus...que voz linda, ela ainda tem!!! Conheço cada foto de Albergaria, mas não estou de acordo com a que tem uma citação do autor,que diz..."que é o maior apreciador da vitela de lafões..." o maior sou EU !!!!!!futuramente,voltaremos a discutir mais sobre este e outros assuntos.um abraço ao majosilveiro,que já tem obra para mais que um livro!
15 de Maio de 2010 05:35
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Meu caro José;
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Este senhor, José,
Eu penso (?) não conhecer quem é,
Mas, lá simpático ele o é,
Tal, o elogio que me fez,
Que tanto me satisfez.

Sumptuosamente convencido,
Logo diz a toda a gente,
Ser o maior apreciador de vitela.
Isso, é ser prepotente,
Vamos lá, comê-la da mesma panela,
Irá depois dar-me razão.

Eu lhe faço a sugestão,
De proceder-mos a uma degustação,
De irmos praticar deglutição,
Da vitela em questão.

Á moda de Lafões,
Nada de confusões,
Já que, vitelas há poucas,
Para mais não sendo loucas.


Come-se mais vaca velha,
Mas não em Albergaria-a-Velha.
Rija, dura, com gordura, com tendões,
Em lugares e sítios de aldrabões.

Eu tenho um GPS,
Que tem um grande defeito,
Nunca me diz onde há,
Vitela cozinhada a preceito.

Tendo por base aquela razão;
Em melhor ocasião,
Com a escolha sua, da região,
Leve meu convite a peito.

Vamos comer a preceito,
Veremos quem é o maior comilão.
De certeza, da vitela à Lafões,
Ambos seremos comilões.


majosilveiro




Vitela, cantigas e Folclore


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em Albergaria-a-Velha
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assim, chegou ao fim.
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segue-se:
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À procura da vitela

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-por terras de Lafões

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Bem - Haja

2 comentários:

  1. Pela descrição,vejo que foi um dia em CHEIO!!!pudera,por essas bandas só podia ser.Rotas fantásticas que recomendo vivamente.Conheço os trajectos sugeridos e ...o ALAMEDA ...e todos os outros citados,e,alguns não citados e que não ficam nada atrás!!!a rota que mais gosto é o da Serra da Freita por Manhouce,estive em casa da Isabel Silvestre...meu deus...que voz linda, ela ainda tem!!!
    Conheço cada foto de Albergaria,mas não estou de acordo com a que tem uma citação do autor,que diz..."que é o maior apreciador da vitela de lafões..." o maior sou EU !!!!!!
    futuramente,voltaremos a discutir mais sobre este e outros assuntos.
    um abraço ao majosilveiro,que já tem obra para mais que um livro!

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  2. Este senhor, José,
    Eu penso (?) não conhecer quem é,
    Mas, lá simpático ele o é,
    Tal, o elogio que me fez,
    Que tanto me satisfez.

    Sumptuosamente convencido,
    Logo diz a toda a gente,
    Ser o maior apreciador de vitela.
    Isso, é ser prepotente,
    Vamos lá, comê-la da mesma panela,
    Irá depois dar-me razão.

    Eu lhe faço a sugestão,
    De proceder-mos a uma degustação,
    De irmos praticar deglutição,
    Da vitela em questão.

    Á moda de Lafões,
    Nada de confusões,
    Já que, vitelas há poucas,
    Para mais não sendo loucas.




    Come-se mais vaca velha,
    Mas não em Albergaria-a-Velha.
    Rija, dura, com gordura, com tendões,
    Em lugares e sítios de aldrabões.

    Eu tenho um GPS,
    Que tem um grande defeito,
    Nunca me diz onde há,
    Vitela cozinhada a preceito.

    Tendo por base aquela razão;
    Em melhor ocasião,
    Com a escolha sua, da região,
    Leve meu convite a peito.

    Vamos comer a preceito,
    Veremos quem é o maior comilão.
    De certeza, da vitela à Lafões,
    Ambos seremos comilões.


    majosilveiro

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